quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

MEDOS......




Ontem, no entanto, perdi durante horas e horas a minha montagem humana. Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação: a ser? e no entanto não há outro caminho. Como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo? como é que se explica que eu não tolere ver, só porque a vida não é o que eu pensava e sim outra como se antes eu tivesse sabido o que era! Por que é que ver é uma tal desorganização?


E uma desilusão. Mas desilusão de quê? se, sem ao menos sentir, eu mal devia estar tolerando minha organização apenas construída? Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. No entanto se deveria dizer assim: ele está muito feliz porque finalmente foi desiludido. O que eu era antes não me era bom. Mas era desse não-bom que eu havia organizado o melhor: a esperança. De meu próprio mal eu havia criado um bem futuro. O medo agora é que meu novo modo não faça sentido? Mas por que não me deixo guiar pelo que for acontecendo? Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade."

CLARICE LISPECTOR

MOMENTOS..



Olhando para mim …

Olhar para o contexto em que estamos inseridos e atribuindo-lhes valores de sucesso ou de fracasso, é comum e fácil.

No entanto, olhar para dentro de nós mesmos requer uma habilidade de introspecção

Para que possamos enxergar o que somos, é necessário conhecermos-nos de modo a que possamos mudar a nossa maneira de pensar acerca de nós mesmos e de outras coisas com as quais interagimos habitualmente.

Elaborar uma lista de qualidades pessoais é possível, mas enumerar os defeitos e atritos é a parte mais crítica do comportamento humano.

É fundamental compreendermos que, para mudar os outros, precisamos primeiro mudar-nos a nós próprios.

É necessário ter as qualidades: respeito, tolerância, humildade, cooperação, percepção, sensibilidade e sinceridade…
Colocá-las em prática requer um entendimento mais profundo, além de um esforço pessoal permanente.

A introspecção, a reflexão profunda ou a meditação são ferramentas extremamente úteis na aquisição e na consolidação destas qualidades.

Afinal, se eu melhorar, tudo melhora ao meu redor!!