domingo, 28 de outubro de 2012

E essas tal borboletas na barriga...

 Que sensação é essa? me tira os pés do chão....acelera o coração....gela as mãos...o sorriso fica estampado no rosto e bem arreganhado como se quisesse dizer...continua...por favor....isso é tão bom....rsrsrsr.Mas a dança que essas borboletas provocam na minha barriga é como um ritual...elas vão se multiplicando e tudo se transforma numa brisa com um toque de inverno ...e o coração simplesmente acelera que é para manter tudo aquecido.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Os Pensamentos Intraduzíveis...


É sabido que comboios completos de pensamento atravessam instantaneamente as nossas cabeças, na forma de certos sentimentos, sem tradução para a linguagem humana, menos ainda para uma linguagem literária... porque muitos dos nossos sentimentos, quando traduzidos numa linguagem simples, parecem completamente sem sentido. Essa é a razão pela qual eles nunca chegam a entrar no mundo, no entanto toda a gente os tem. 

Dostoievski.

sábado, 22 de setembro de 2012

Cavaleiro Negro...



Era um cavaleiro negro, montado num cavalo de sombra. Não tinha senhor nem lealdade. Não tinha honra. Não tinha fé. Não tinha um sonho que lhe guiasse a jornada nem um lar que o acolhesse no regresso.
Seguia os ventos, perseguido por tempestades e temporais. Tinha sede de vingança e paixão pela guerra. A lâmina suja de sangue ressequido e as mãos calejadas vazias de tudo o que algum dia amara.
Era um cavaleiro das trevas. Movia-se por entre as estrelas. Roubava povos e saqueava casas. Nunca levava mais do que precisava para viver. Nunca deixava sinal de ter lá estado.
Por onde passava ficava a morte. A recolha calma das almas pútridas dos seres que não tinham feito por merecer uma vida. Por onde passava ficava o silêncio de cidades desertas e o chiar das portas velhas, que se abriam de par em par.
Com o tempo, o cavaleiro deixou de ter nome. Mais tarde, deixou de ter rosto. Um dia, deixou de ter forma. E já não era corpóreo quando passou por mim e adentrou a minha alma, lutando contra as certezas e esquartejando as esperanças. Já não era mais do que um fantasma feito de negro quando me roubou a vida, deixando apenas as respirações mentidas e o meu coração a bater.
Não tinha senhor nem lealdade. Nem um lar. Nem um destino. Creio que foi por isso que se alojou em minha casa. Creio que foi por isso que passou a alimentar-se das minhas incertezas. Creio que foi por isso que escolheu torturar-me.
Prendeu-me com as correntes mais firmes. Não as de aço ou de metal. As de sentimento. Arrastou-me pelo chão mais crespo. Um chão feito de espinhos e de impossíveis. Esquartejou-me com palavras e silêncios. Ganhou-me aos poucos. Troféu inegável da sua vitória sobre o mundo.
Era um cavaleiro negro montado num cavalo de sombra, esse medo que chegou à minha vida e me tomou por sua. E, mesmo sem partir, deixou-me o coração deserto de esperança e os olhos cheios de lágrimas. Deixou-me a alma escancarada e suja.
Hoje,  também eu não tenho senhor ou lealdade. Também eu não tenho fé. Também eu perdi os sonhos. Hoje não passo de uma cidade saqueada. Mais um ser que perdeu a vida sem ter vivido. Mais uma porta aberta que não leva a lado nenhum. O medo destruiu-me. O medo salvou-me. O medo ficou. E, subitamente, o cavaleiro negro teve um lar. Dentro da minha alma massacrada. Dentro do meu peito vazio. Dentro da eternidade humana que acaba no bater final de um coração desfeito.

Marina Ferraz.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Hoje!!! Agora!!!



E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Adaptar-se...



Cada um de nós vive uma realidade diferente quer seja social, econômica e  familiar, além de que cada um percebe as coisas de um jeito e as sente diferente também, então o que serve para um, às vezes não se encaixa na realidade de outro, por isso nunca existe uma verdade ou uma formula  que se seguimos encontraremos a pura felicidade, ficaremos livres de problemas. Então não adianta se culpar por não conseguir agir igual fulano  ou viver na ânsia de  procurar respostas e porquês quando se sabe que não vai chegar a lugar nenhum.
Quando agente aprende a relaxar e se adaptar a nossa realidade, e dentro dela procurar fazer o melhor,  tirando proveito do que nos faz sermos melhores do que realmente somos, valorizar  o que realmente importa e enxergar que dentro das nossas possibilidades existem maneiras de se viver bem e que  isso depende mais do nosso estado de espírito e do valor ou não que damos  às  coisas e às pessoas que nos cercam.
Conhecemos bem as nossas virtudes bem como os nossos defeitos e cabe a nós ter o controle dos mesmos. E saber que tem coisas que mesmo não querendo a vida nos traz e, ou agente se adapta ou enlouquece e acaba sendo mais um problema para o mundo. E isso não resolve nada. 
Claro que há exceções, mas a verdade é que o ser humano é capaz de se adaptar a tudo, a mudar de cidade ou mesmo país, morar na capital ou interior, ou em uma casa ou apartamento, no Alasca ou Saara e, às vezes  o melhor é se adaptar do que criar resistência. Não quero dizer se acomodar com algo que traga infelicidade,  mas sempre pesar e se perguntar se pode melhorar ou não, se perceber que se mexer vai ficar pior então deixa como está, isso poupa mais sofrimento. Calcular o risco ou benefício. Até onde podemos ir e estar disposta a aguentar as consequências  sem ficar se remoendo e procurando respostas ou culpados.
Não ter medo de viver, valorizar e aproveitar essa dádiva da melhor forma, procurando por coisas boas e pessoas boas para nos acompanhar , isso pode nos ajudar a se sentir em paz e assim, trazer bem estar a nossa vida fazendo com que outros também se sintam bem com a nossa companhia.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

É tudo ou nada....

Falta só um pouquinho...frio na barriga...coração a mil....

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cura....

Vamos, Jesus, passear na minha vida Quero voltar aos lugares em que fiquei sóQuero voltar lá contigoVendo que estavas comigoQuero sentir teu amor a me embalarCura, senhor, onde dóiCura, senhor, bem aquiCura, senhor onde eu não posso irQuando a lembrança me faz adormecerSabes que a espada de dor entra em meu ser Tu me carregas nos braçosLeva-me com teu abraçoSinto a minha alma chorar junto de tiTantas lembranças eu quero esquecerDeixam um vazio em minha almaEm meu viverToma, Senhor meu espaçoTe entrego todo cansaçoQuero acordar com a tua paz a me aquecer .